segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Depoimentos

Seguem alguns depoimentos e opiniões de alunos sobre a disciplina e o aprendizado adquirido. Esse exercício foi solicitado ao fim do semestre como uma forma de aprimorar a didática, e observar pontos que podem ser melhorados e desenvolvidos.

"Um fato que marcou muito foi que os conceitos de: verdade, real, narrativa, memória foram todos questionados, onde ficou claro que não existem verdades absolutas e que é preciso sair do lugar cômodo da certeza para que assim, possamos conceber outros aspectos relacionados aos temas estudados. Cada texto estudado trazia consigo uma carga de dificuldade, pois a filosofia na história nunca é assunto fácil. Nossa mente é treinada para as verdades, para as coisas concretas, daí a dificuldade em abandonar todas as nossas falsas certezas e caminhar rumo ao desconhecido." Quésia Ramos Silva

"Acredito que foram expostos muitos filmes quando seria melhor, especialmente devido ao aperto do cronograma, uma maior dedicação aos textos como o de Ricoeur, muito denso e o qual deixou muitas questões ainda obscuras. Praticamente todos os problemas enfrentados na cadeira foram devido ao fato de ser esta uma cadeira nova, ainda se estruturando, e podem facilmente ser suplantados numa próxima vez, mas no que diz respeito ao assunto da cadeira propriamente dito, a abordagem foi bastante interessante, contemplando áreas pouco/não estudados nesse curso." João Rubens Pinto Pereira de Vasconcelos

"Como experiência pessoal, a disciplina foi vital. Passei a conhecer diretores e filmes que poderia nunca ter me interessado em assistir, se não fosse o contexto de sala de aula, mas que agora já estão em um arquivo na minha pasta de downloads. Apaixonei-me por Sokurov e por seus filmes-pinturas, pelo cinema italiano, e agora vou passar a me dedicar mais à perspectiva diferente dos filmes europeus. Mas, muito mais que uma extensão fílmica, a disciplina me possibilitou descobrir um tema, e uma possível área de pesquisa que se mostrou muito interessante para mim, a memória." Angélica de Paula Botelho

"A matéria se mostrou como um desafio para mim ao longo do semestre. Nunca tinha parado para estudar nada relacionado a cinema, e por isso senti algumas dificuldades, com relações a termos e análise cinematográfica, mas com o auxílio das leituras os debates foram se tornando mais claros e propiciaram novas abordagens." Bianca Veloso Lima

"As aulas no geral obedeceram aos critérios,a ementa e as propostas da professora de expandir os horizontes dos alunos mesclando a historiografia com o cinema. Os filmes basearam-se nas temáticas propostas pela professora e desta forma nós construímos um link entre o texto discutido/analisado com o filme assistido." Priscila Gonçalves Ferreira

"O maior problema da cadeira foi a questão do tempo reduzido, conseqüência de contratempos que fugiam ao controle da professora e dos alunos. O tema da cadeira, extremamente interessante, pedia uma certa base teórica que não é comum aos estudantes de história da UFPE, e os alunos, em algumas circunstâncias, não sabiam responder às observações teóricas que talvez fossem esperadas deles; os textos indicados supriram, na maior parte, essas deficiências, mas a ausência de tempo para discutir alguns textos da reta final, como o de Ricoeur, dificultou sua compreensão." Kallyna Vasconcelos

"Gostei bastante dos filmes, foi muito difícil para mim ter de escolher apenas um e dissertar sobre. Minha bagagem teórica, sem sombra de dúvida melhorou bastante depois desta disciplina e das reflexões pessoais que os filmes exibidos provocaram em mim. Apesar de não ter participado efetivamente dos debates, eu aprendi muito, de certa forma." Analúcia Batista Cavalcante

"Referente ao que foi absorvido nesse semestre nas aulas de História da Cultura fica um saldo bastante positivo, um horizonte ampliado de possibilidades de métodos e teorias a respeito do estudo da história. Tanto as leituras dos textos quanto os filmes foram bastante instrutivos, e muitas vezes um convite à reflexão seja quanto ao conceito de verdade, seja sobre a importância da prova, do documento, ou até mesmo da narrativa empregada por alguns autores para atingir um objetivo específico. Fugindo do tradicional, foi possível perceber num estudo cinematográfico um novo viés para o estudo de história." Juliana Ferreira Campos Leite

"[...] fomos levados a analisar diversos ângulos de outra relação ainda mais complexa, que seria eu e a história, melhor dizendo o 'eu' historiador e a narrativa da história. Como devo proceder na realização desse exercício de tão difícil execução como o ofício de historiador? Por que é tão importante discutir sobre esse 'fazer historiográfico'?" Joana Maria Lucena de Araújo

"Concluindo, a disciplina aborda um tema muito interessante e pouco visitado pelo departamento de história da UFPE,  e por isso é muito importante a sua continuidade nos próximos semestres. A disciplina teve seus problemas de planejamento, contratempos e seu andamento foi um pouco prejudicado, mas é algo natural numa disciplina nova, que justamente por isso precisa de certos ajustes, e que teve que ser ministrada  num semestre que na verdade não equivale a seis meses de aula." Luiz Felipe Batista Genú

"A disciplina, ao meu juízo, mesmo com os percalços próprios de uma falta de estrutura para uma disciplina que utiliza recursos de mídia, que teve um aproveitamento muito bom e elevou em muito o meu conhecimento sobre as questões da teoria da história e da historiografia, além do que me levou a perceber com mais clareza os discursos por trás das narrativas cinematográficas. 'Por que se faz um filme sobre o sertão e não sobre o Recife?' Importante também para iniciar uma reflexão sobre a produção cinematográfica brasileira, do seu passado, da sua história." Roberto Luiz de Carvalho Freire

"Sendo estudante do primeiro período de história, pude entrar em contato com uma gama de informações extremamente variada e até então desconhecida por minha parte. Além do objetivo da cadeira em si, me foi proporcionada uma experiência muito valiosa ao me trazer um panorama de como funciona a produção histórica, esclarecendo muitas dúvidas que pendiam sobre o curso como um todo." Rafael Albuquerque Baltar

"O interessante é a forma em que os assuntos são postos em discussão, apesar da aula tomar mais tempo que o normal, pois são quatro horas seguidas, o tema pode ser bastante apreendido diante das diversas formas em que foi passado. As fontes utilizadas para reflexão não se limitavam à leitura dos textos indicados, mas também à análise de filmes que podiam gerar a discussão sobre a formação da memória e da construção da narrativa histórica diante de um acontecimento se questionando se a memória é passível ou não de erro ou de interpretações que acabam fugindo a uma base positivada da história que seria seu compromisso com a verdade absoluta dos fatos." Clarice Soares Braz Mendes

"[...] a cadeira e seu objetivo como um todo ao meu ver é constituído de uma idéia brilhante que seria justamente unir o fazer historiográfico ao cinema, aproximá-los já que esta prática é tão pobre não só em Pernambuco, mas também, no Brasil." João Lucas Sá Leitão Cavalcanti

"A cadeira como um todo foge do que eu vinha aprendendo desde o terceiro período, ela se diferencia em sua proposta principal, fazer pensar, diferente das cadeiras em que apenas apreendemos o que já está escrito há tanto tempo, é uma cadeira que até nos próprios textos, apresentava sempre os dois lados de um tema, as suas várias formas de abordagens, seja da utilização da memória, seja da prova científica e da prova retórica, seja das historiografias, enfim... Uma cadeira que faz você buscar e defender o seu pensamento e seu ponto de vista, no começo me assustei com essa abordagem, com alguns textos mas ao longo do período, ficou fácil me adaptar à quantidade e qualidade dos textos apresentados." Lucas Rossiter de Miranda Coelho

"Buscou-se em sala de aula desenvolver outros tipos de discussões, que envolveram abordagens a cerca da construção da narrativa, da elaboração do discurso histórico, da relação entre a ficção e realidade, da memória e do tempo - todos estes temas apresentados e trabalhados a partir da literatura e do cinema, o que colaborou para que a disciplina se tornasse mais abrangente em relação a outros cursos, como cinema, letras etc. O que se objetivou, então, foi o desenvolvimento de uma 'teoria da História das relações, entre a história, literatura e cinema', nas palavras da própria docente." Wheldson Rodrigues Marques

"O tema abordado na disciplina não só é um corrente e rico campo de debate como permite maior flexibilização não só da percepção do 'como fazer história', mas da própria reflexão a respeito da História em si, assim compreendida, como disciplina, como bloco. Acredito, portanto, ser de grande valia não só a oportunidade (fazendo referência às possibilidades do aluno no decorrer do curso) de reambientar o debate teórico como a de fazê-lo a partir de um novo elemento, no caso, o cinema." Marília A. de Albuquerque

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